Para quem é do time que gosta de fazer os próprios objetos de artesanato para decorar a sua casa, nós vamos ensinar hoje como fazer uma bola de cipó super fácil. Apesar de simples, ela dá um toque bem legal na decoração, e pode ser usada em qualquer ambiente da casa.
Portanto, para aprender como fazer uma linda bola de cipó, continue lendo e confira tudo aqui.
Passo a Passo De Uma Bolinha De Cipó
Materiais Necessários:
- Ramos finos de cipó
- Cola branca
- 1 bexiga
- Água
- Tesoura
- Pincel
Passo a Passo
Em primeiro lugar, misture a cola branca com a água. A proporção dos dois produtos deve ser a mesma. Ou seja, a quantidade de cola que você usar, deverá ser a mesma quantidade de água também. E isso dependerá do tamanho da bola de cipó que você está pretendendo fazer. A mistura deve ser o suficiente para umedecer muito bem todo o cipó.
Misture baatante a água com a cola, até se tornar uma mistura bem homogênea. Coloque o ramo de cipó, e deixe-o mergulhado nessa mistura por cerca de 10 minutos.
Em seguida, encha a bexiga, deixando-a pouco maior do que uma bola de jogar tênis. Passados os 10 minutos, retire o cipó da mistura de cola com água, e comece a enrolar na bexiga de forma bem aleatória, para ficar mais bonito.
Ao terminar de enrolar o cipó, pegue a ponta que sobrou e prenda dentro de um fio. Deixe secando por, pelo menos, dois dias.
Depois dos dois dias, quando o cipó já estiver completamente seco, é só estourar a bexiga e recortar os fiapos que possam ter ficado, as rebarbas, para dar um acabamento muito mais bonito.
Pronto, a bola já está linda para ser usada na decoração da sua casa. Para usá-la, você pode coloca-la em um suporte de vidro, que fica lindo.
Novas Espécies de Cipó
Quando visitamos as cidades da Amazônia, ou a casa dos ribeirinhos da região, podemos encontrar vassouras, cestas, artigos de decoração, amarrações para embarcações e objetos decorativos em geral, como bola de cipó, por exemplo.
E esses produtos todos são feitos com cipós-titica, que é um planta florestal não-madeireira, que conta com um elevado potencial econômico daquela região.
Esse vegetal é conhecido cientificamente como um produto do gênero Heteropsis. Sendo que a espécie mais usada é a H. flexuosa.
A descoberta da espécie de cipó Heteropsis reticulata aconteceu nas florestas que se encontram inundadas em Várzea alta, e que se diferencia por conter as nervuras mais reticuladas em folhas visíveis e bem curtinhas. E que também possui frutos mais desenvolvidos, ao contrário do que acontece com as demais espécies.
Enquanto isso, a espécie Heteropsis vasquezii é mais conhecida por possuir folhas mais largas, em um formato elíptico, que tem a tonalidade marrom escura, além de também apresentar o conjunto de frutos super desenvolvido.
Considerando a grande importância científica dessas duas espécies de cipó, cujo último estudo sobre o reconhecimento de espécie é de mais de 100 anos atrás, no que se refere às questões econômica e cultural, existe a possibilidade de os estudos taxonômicos dessas espécies serem retomados, com os seus princípios e suas normas.
O início do processo de catalogação desse cipó aconteceu com a ajuda de mateiros que, inclusive, já sentiam a diferença das espécies.
O que fez com que essa planta fosse chamada de cipó, é o fato de apresentarem raízes iguais às do cipó. Porém, após pesquisas e estudos anatômicos, ficou constado que a planta se trata, na verdade, de uma raiz.
Inclusive, todas as plantas da espécie Heteropsis possuem raízes, com fibras usadas em trabalhos de artesanato. As fibras são tão fortes, que mais se parecem com o cipó.
A Exploração de Forma Sustentável
Essas raízes, que são confundidas com o cipó, crescem indo em direção ao solo, com o intuito de encontrarem nutrientes e de água. Ao chegarem ao solo, elas apresentam a tonalidade cinza. Elas endurecem e já podem ser usadas na produção de cestas, de objetos de decoração e até de móveis.
Em algumas outras regiões do país, o cipó-titica também é conhecido como rattan e junco (apesar de serem de famílias diferentes). No Nordeste, é chamado de vime. As indústrias moveleiras valorizam muito essa fibra no Sul, Sudeste e no Nordeste.
O país que mais exporta o cipó-titica é o Amapá. Existe uma Lei Estadual no estado vizinho, desde o ano de 2001, que prevê que o manejo florestal dessa planta possa ser voltado para a exportação.
Inclusive, há até a Inclusão Normativa para as práticas de manejo do cipó-titica. Há ainda uma licença ambiental para que os pequenos e médios extrativistas também para o manejo em algumas áreas previamente delimitadas.
Artesanato em Cipó no Amapá
Com o cipó, é possível fazer uma série de trabalhos de artesanato, como móveis, cestarias, objetos de decoração, fruteiras e muito mais. Vários artesãos coletam a sua própria matéria-prima.
Porém, muitas vezes, eles compram ou recebem de doação do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), quando o cipó ilegal é apreendido.
A reclamação dos artesãos é que ainda não existe uma lei para regulamentar a extração do cipó. E isso acaba causando um certo constrangimento, angústia e desconforto nas pessoas que precisam do material para que possam trabalhar, produzindo peças para vender.
Depois da coleta, o cipó passa por uma higienização. Em seguida, ele é dividido ao meio. Isso é necessário para que seja possível realizar a técnica denominada trançado, que é bem comum em todos os produtos desse segmento.
No acabamento das peças, é usado o verniz com muita frequência. Os artesãos acreditam que o uso desse produto contribui para conservar o produto por mais tempo. E que o verniz também ajuda no acabamento, deixando as peças mais bonitas.
Aqueles compensados com uma espessura mais fina, e que é usado para compor as cestarias, na parte da base. O cipó é um produto que permite a criação de uma enorme variedade de produtos. Além do mais, é um produto que pode ser facilmente encontrado em todas as partes.