Uma tradição que, há muitas décadas, era algo passado de geração em geração, de mãe para filha, tradicionalmente, o artesanato foi, por muito tempo, esquecido. Em vista da liberação da mulher, do papel dela na sociedade ter se transformado, esse hábito de customizar artefatos em sua própria casa se perdeu no tempo.
No entanto, este costume tem voltado com cada vez mais força, seja apenas para consumo pessoal, seja como uma busca por uma nova fonte de renda.
Fazer artesanato de algum tipo já não é algo que toda menina cresça sabendo, como era na época de nossas avós e, mais que isso, já não é mais algo tão tipicamente feminino – o número de homens que querem aprender a fazer arte em casa cresce a cada dia.
Aprender tal habilidade depende de inúmeros fatores: a disponibilidade de tempo, a inclinação natural para trabalhos mais delicados, a vontade de aprender e, principalmente, alguma ideia do que fazer com o que se aprende.
Mas por Onde Começar a Aprender?
O mais indicado são cursos com profissionais que, de fato, estudaram as melhores maneiras de passar as técnicas em que você está interessado – de nada adianta um professor que seja muito bom em realizar o artesanato, se ele não consegue passar o conhecimento a seus alunos. Procure na sua cidade cursos recomendados por profissionais da área, e, de preferência, ligados a organizações reconhecidas – como SESI, SESC ou SENAC.
Estas redes são compostas por profissionais de qualidade e que entendem não apenas de artesanato, mas também de ensinar artesanato.
Outra opção é procurar pessoas que saibam o artesanato em que você tem interesse, e buscá-las para que ensinem – não são cursos propriamente ditos, e certamente as aulas e técnicas serão diferentes, mas o conhecimento passado de uma pessoa para a outra, sem a interferência de uma turma, pode ser muito vantajoso: as aulas podem ser diretamente ligadas ao que você se interessa, e não ao que está no currículo do curso.
Algo para quem tem menos tempo disponível, ou que quer aproveitar melhor o tempo que tem de estar em casa, são os cursos pela internet. Com menos toque pessoal, eles podem apresentar certa dificuldade para os alunos que precisam de mais demonstrações, ou explicações diferenciadas, mas são sempre uma opção, caso você more em uma cidade que não tem nenhum curso oficial, nem conheça alguém disposto a ensinar.
Há diversos deles de graça, em redes sociais como o youtube, com dicas interessantes e técnicas inovadoras. O único lado negativo dessa abordagem é a ausência de contato direto, o que impossibilita que suas dúvidas sejam respondidas na hora. Por outro lado, sempre há redes de apoio aos alunos, e diversos sites se especializam apenas nesse tipo de trabalho.
Independente do método escolhido, a aprendizagem de um artesanato é um prazer redescoberto, e que cresce a cada dia.
A arteterapia é considerada como uma disciplina híbrida, que se baseia nas áreas da psicologia e das artes, basicamente. É também uma disciplina com teorias e com histórias próprias, às quais devem ser aplicadas por profissionais habilitados mediante cursos de mestrado ou de especialização em arteterapia.
Essa arte consiste na aplicação de recursos artísticos, visuais ou expressivos, fazendo com que atuam com a finalidade terapêutica.
No decorrer de uma sessão de arteterapia, o indivíduo é convidado a visitar alguns aspectos do seu inconsciente ou do seu consciente através de alguma arte, como modelagem, pintura, dança, desenho, poesia, dentre outros.
Inúmeros autores já criaram definições para a arteterapia. E todos usaram definições parecidas com o que se refere à auto expressão. A Associação Brasileira de Arteterapia, ela representa:
“Um modo de trabalhar utilizando a linguagem artística como base da comunicação cliente-profissional. Sua essência é a criação estética e a elaboração artística em prol da saúde.”
Nesse método, é a própria pessoa quem interpreta o seu trabalho, a sua arte. E ao arteterapeuta, cabe somente instigar o indivíduo. Ao contrário do que acontece com os métodos de terapia tradicionais, onde a interação é somente entre o paciente e o terapeuta, na arteterapia, a relação acontece de forma triangular, entre o paciente, o arteterapeuta e a arte em si, que é criada no momento da terapia.
Os recursos artísticos com a finalidade de uso terapêutico começaram a ser usados no começo do século XIX, por Johann Christian Reil, um médico alemão e contemporâneo de Pinel.
Johann criou um protocolo terapêutico que tinha como objetivo a cura psíquica. Nesse método, ele utilizava desenhos, textos e sons para estabelecer uma comunicação usando conteúdos internos.
Mais tarde, alguns estudos conseguiram estabelecer uma relação entre a Psiquiatria e a Arte. Quem usou o recurso da Arte aliada à psicopatologia foi um profissional chamado de Carl Jung. Para Jung (1.920), “a arte é a expressão mais pura que há para a demonstração do inconsciente de cada um. É a liberdade de expressão, é sensibilidade, criatividade, é vida.”
O uso da arteterapia pode basear-se em muitos referenciais teóricos, como a Psicologia Analítica, a Psicanálise, a Gestalt-terapia, e demais abordagens provenientes principalmente no que se refere à Psicologia, para a qual a compreensão do arteterapeuta sobre o ser humano é fundamental.
O principal objetivo da arteterapia é agir como uma espécie de catalisador, contribuindo para o processo terapêutico.
Confira abaixo os profissionais envolvidos na área de arteterapia:
- O próprio arteterapeuta
- Psicólogo
- Psicomotricistas
- Arquiteto
- Gastrônomos
- Arte-educador
- Profissionais de áreas diversas e que se identifiquem com a mobilização por meio da arte
- Enfermeiros que são especialistas em Enfermagem da Saúde Mental e Psiquiatria
- Professores em geral
- Médicos de várias especialidades
- Fonoaudiólogos
- Terapeuta-ocupacional