A pintura gestual, pouco conhecido do grande público, foi desenvolvida a partir da década de 40, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Para que não a conhece, sua grande característica é ser totalmente baseada em gestos e movimentos dos braços e mãos para ser traçada, e não utilizando modelos ou riscos prontos, como comumente acontece com as outras. Esse tipo de pintura delicada e refinada tem suas raízes na cultura chinesa e japonesa, onde toda e qualquer escrita é feita com precisos pincéis, e por meio de gestos.
Para ser feita, a pintura gestual demanda bastante estudo, que são feitos tanto dos movimentos a serem produzidos, quanto da forma adequada de se segurar o pincel, como também do objeto que será pintado. É uma excelente técnica para retratar elementos da natureza, paisagens, flores, árvores e outros elementos naturais, e uma forma de se otimizar o trabalho feito: a pintura gestual demanda muito menos tempo para ser acabada do que aquelas que se utilizam de outras técnicas.
Dessa forma, é possível conseguir pintar um maior número de peças em menos tempo.
A Pintura Gestual: O Que é? Como é Feita?
Como é Feita a Pintura Gestual
Com os pincéis certos, é possível se conseguir uma pintura fantástica, para isso é necessário de uma a quatro cargas de tinta no pincel e que as pinceladas sejam executadas da forma correta. A pintura gestual pode ser feita em qualquer tipo de superfície, e dependendo da base os pincéis indicados podem até sofrer adaptação.
Com cada formato de pincel é possível conseguir os efeitos específicos com uma maior facilidade, entretanto o mais importante é que as cerdas sejam sintéticas, macias, pois, possibilitam uma boa distribuição da tinta sobre a superfície escolhida.
Como é Feita a Pintura Gestual
Há Diversas Linhas De Pincel Que Se Adaptam Perfeitamente à Técnica, Como Os Da Condor, Da Linha Konex, Apontados logo Abaixo:
Linha Konex
- Pincel com referência de 422, de número 2 – Pincel liner, próprio para linhas finas a médias e também para acabamento;
- Pincel com referência de 424, de número 10 – o conhecido pincel chato;
- Pincel com referência de 425, de número 14 – pincel redondo;
- Pincel com referência de 427, de número 16 – pincel chanfrado;
- Pincel com referência de 429, de número 12 – pincel striper;
- Pincel com referência de 444, de número 12 – o pincel faca;
A Importância Dos Pinceis Na Pintura Gestual
Cada pincelada tem uma posição, tem um gesto em particular que foi transmitido para os diversos tipos de pinceis, possibilitando assim uma pintura delicada, e bastante diferente da demais, inclusive nas proporções.
Os pinceis Condor, de acordo com especialistas, são os mais indicados para este tipo de pintura, no entanto, nada impede que ela seja feita com outras marcas de pinceis. Mas, estes indicados ajudam a otimizar o tempo e proporcionam um resultado mais positivo do trabalho.
Ao passar o pincel carregado de duas até quatro cargas de tinta você pode obter uma folha com as matizes desejadas, e, essa pincelada pode ser repetida quantas vezes forem necessárias. O artista artesão tem hoje a tecnologia a seu benefício, e em meio a toda essa gama de apoio tecnológico, estão também os novos pinceis que possuem filamento sintético desenvolvido especialmente para atender até pintor mais exigente.
No entanto, o que diferencia cada artista é a sua criatividade, seu toque pessoal inscrito em cada pintura que cria, e quando o mesmo encontra material de apoio coerente, que atenda a todas as suas necessidades, tem como resultado trabalhos que se destacam diante dos demais.
Dicas De Como Fazer a Pintura Gestual
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- O gesto mais importante é a relação estabelecida entre o artista e a técnica, e seu papel é fundamental para o desenvolvimento perfeito de qualquer trabalho artístico. No entanto, a grande maioria das pessoas é castrada em sua real capacidade artística em função da realidade em que vivemos e a gestualidade aplicada na pintura é uma forma de se promover a libertação desta prisão, e livrar o desenho e a pintura para se ater a qualquer pessoa que se empenhe e se interesse em fazê-lo
- Por isso, a primeira coisa a ser feita é compreender que a pintura gestual não busca uma técnica estagnada, retilínea e concreta, uma técnica pesada que esquadrinhe o papel buscando estabelecer parâmetros corretos para a execução do desenho. Na pintura gestual se procura a liberdade da expressão e do elemento no papel.
- Para compreender a pintura gestual é preciso começar com o desenho. Então, escolha um objeto, uma situação ou mesmo um modelo vivo e comece utilizando um lápis grafite ou giz de cera, usando linhas contínuas, sem levantar do papel seu lápis, tentando compreender esta forma.
- O traçado deve sempre ser irregular e sem normas específicas, seguindo de cima para baixo, de um lado ao outro, evitando desenhar as laterais, trabalhando o seu próprio gesto, a sua atitude para com o papel.
- Tendo encontrado o suficiente da forma você poderá então olhar para seu desenho de forma serena e paciente e tentar compreender quais as relações dele com a forma, podendo então desenhar seus contornos e até se trabalhar nos demais detalhes.
- Com a experiência primeira do desenho você poderá reproduzir este mesmo procedimento utilizando um pincel com tinta ao invés do lápis ou giz que foi usado anteriormente. Para isso é importante escolher uma tinta de apenas uma cor só para o início, podendo em sequência gestualizar novamente sobre o trabalho com outro tipo de cor, que forme um contrastante com a primeira que for escolhida.
- Para finalizar sua pintura gestual você poderá trabalhar agora nos detalhes e elementos que criarão o diferencial, utilizando para isso, inclusive, outras técnicas de pinturas que possam conviver muito bem em união com a gestual, conseguindo um trabalho muito mais rico e diversificado.
- Depois de terminada sua peça, finalize o seu trabalho da maneira mais adequada, utilizando um verniz fosco ou brilhante sobre ela, conforme for seu objetivo do trabalho.
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A pintura gestual é diferente das demais, pois imprime na obra uma maior personalidade do artista, sem a necessidade de se seguir normas preestabelecidas ou padrões de técnicas usadas há mais tempo no mundo artístico.
