Quando se cria algo novo e interessante é natural que se queira ter algum tipo de mérito. Os mais pedidos são: dinheiro e reconhecimento. Não são raros os artistas que morrem sem nenhum dos dois, mesmo tendo criado artigos excelentes sobre uma vida medíocre que levavam. É possível citar uma série deles: Jean-Nicholas Arthur Rimbaud, Henry Charles Bukowski Jr, Allen Ginsberg, Jack Kerouac, entre outros.
O maior problema de criar alguma peça é o que fazer com ela. Afinal, o mercado de arte no Brasil é mínimo. Por exemplo, as artes plásticas estão em crise, porque é comum ouvir algo como: “Esta parede está muito vazia. Acho que vou comprar um quadro”. Como se estes fossem feitos como objetos de decoração. Mas, não é só a pintura que está em crise. Vários outros segmentos da arte também estão.
O teatro, por exemplo, está agonizando. Mas não morrerá, pois é impossível fazer a quebra brechtiana da quarta parede no cinema, o maior rival do teatro. Para tornar isso mais claro é preciso explicar o que é a quarta parede. O palco é revestido por três paredes, a quarta sendo aberta para o público assistir, mas não interagir. Bertolt Brecht propõe uma quebra metafórica dessa parede. Ele cria jeitos da plateia interagir, ou sentir que interage, com o palco. Uma maneira de fazer isso é colocar atores junto com os que foram assistir, sem que eles saibam, obviamente.
Até mesmo o cinema está chegando à crise da meia-idade. Infelizmente já virou clichê falar mal de Hollywood, mas como pode um cinegrafista, com um orçamento de suados trinta mil, contra uma equipe gigantesca com uma reserva de dois milhões? Não é raro ver filmes feitos totalmente em computador, e esse recurso não é nada simples.
No quesito artesanato, como não poderia deixar de ser, também existe uma crise que é a produção em massa pelas empresas contra o criar do artesão. Por isso, a venda de peças criadas com cuidado é tão difícil, apesar de existirem feiras especializadas em cada segmento, assim como existem sites que se voltaram para esse mercado.
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