A harmonia é uma das principais características de qualquer organização. Num arranjo de flores não é diferente. O melhor tipo de arranjo é aquele em que se reflete um conceito que harmoniza com o ambiente em que ele está. Isto é, se for colocado em um lugar calmo, o conjunto precisa inspirar calma. Se isso não acontecer, o arranjo parecerá um mero enfeite, e não, parte do recinto e irá distorcer o clima do local.
Normalmente os conjuntos vendidos em floriculturas são feitos pensando em um lugar comum, porém, é difícil definir o que é um lugar padrão. Então, geralmente os arranjos ficam bonitos, mas passam a sensação de não fazerem parte dos ambientes. Esse efeito pode ser causado pelo excesso de itens ou pela falta deles.
Imaginando que o arranjo seja um quadro, é preciso que existam componentes de diversos tipos. Não é bom usar só um tipo, porque isso cria um aspecto monótono. Ainda com a analogia do quadro, se um dos lados do quadro apresenta mais informações do que o outro, o observador irá estranhar o conjunto. O mesmo ocorre com os arranjos florais, por isso, os elementos utilizados pelo arranjador devem estar equilibrados, ou seja, deve haver um número parecido de elementos.
Além do equilíbrio dos elementos presentes no conjunto, é possível criar uma impressão harmônica com a escolha de uma cor dominante que condiz com o ambiente escolhido. Por exemplo, a cor vermelha inspira paixão, amor, sentimentos fortes, logo é uma boa escolha para o quarto de um casal, mas, não é para o quarto de um bebê. O uso correto das cores é de suma importância, pois pode ajudar o arranjo ou destruí-lo.
A Ikebana moderna, que é uma arte japonesa cujo nome traduzido seria “o caminho da flor”, tem revolucionado conceitos utilizando objetos que, a priori, não seriam colocados na classificação dos que poderiam fazer parte de um arranjo. Alguns exemplos destes objetos são vidros, metais ou pedaços de espelho. Então, o que importa num arranjo não é a utilização de flores bonitas, mas sim o efeito que o conjunto causa em quem o observa.
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