A artesã Nádia Pupo ensina a fazer um porta panetone de feltro, uma ótima opção para presentear no Natal. Mas atenção: para confeccioná-lo, você vai precisar de cola quente
Material
- Feltro branco (aproximadamente 10 x 15 cm)
- 1 metro de feltro vermelho
- Fita métrica
- Fita de cetim verde (dois pedaços de 80 cm cada)
- Caneta hidrocolor
- Um pedaço de papelão que será recortado em formato redondo (com 16 cm de diâmetro)
- Um pedaço de papelão quadrado, de 20 x 20 cm
- Cola quente
- Tesoura
- Alfinetes
- Enfeite de Natal na cor prata
Com o panetone de 500 g embalado, marque a circunferência no papelão. Com a ajuda da fita métrica, marque 1,5 cm a mais na circunferência e faça um segundo círculo antes de recortar. Uma dica: se você quiser fazer a embalagem para um panetone maior, basta medir sua circunferência em um papelão mais largo. Caso você não tenha papelão, uma base de isopor grosso também serve.
Recorte um quadrado de feltro vermelho (20 x 20 cm). Prenda o molde de papelão no feltro, já recortado, com a ajuda dos alfinetes. Recorte o feltro bem rente ao papelão. Repita os passos mais uma vez, para recortar o segundo pedaço de feltro. Os dois pedaços vão forrar o papelão.
Agora, você vai precisar da cola quente. Cuidado ao manuseá-la! Distribua a cola quente em um dos lados do papelão, por toda a borda e pelo centro do papelão. Cole o feltro, pressionando bem.
Faça o mesmo procedimento do outro lado do papelão: distribua cola quente e cole o feltro pressionando bem. Agora, com a ajuda da fita métrica, pegue um segundo pedaço de feltro e meça-o: 54 cm de comprimento por 20 cm de largura. Faça a marcação com vários alfinetes para facilitar o recorte em seguida. Agora, vamos colar o fundo de papelão neste feltro recortado, de 54 x 20 cm. Passe cola quente na lateral da base, uma camada bem generosa.
Cole a primeira parte do feltro na base. Para unir o feltro do fundo com o feltro do lateral, vá pressionando para fazer o acabamento e esconder completamente o papelão. Pressione bem até terminar toda a circunferência.
Atenção: neste acabamento final, vai sobrar um pedacinho de tecido. Por isso, ultrapasse a medida da cola, para que essa rebarba fique bem aderida. Coloque o porta panetone em pé e una as laterais com alfinetes. Distribua-os espaçadamente. Haverá uma sobra de feltro, na qual você distribuirá mais cola quente. Para um acabamento mais delicado e use cola quente na parte de dentro do tecido.
Agora, vamos passar para os enfeites do porta panetone. Você pode usar o material que tiver em casa. A artesã Nádia sugere um pinheirinho. Primeiro, com um pedaço de papelão pequeno (20 x 20 cm), desenhe, com a caneta hidrográfica, o pinheiro. Recorte o papelão em seguida.
Coloque o pinheirinho recortado em cima do feltro branco (de 10 x 15 cm) para fazer as marcações. Recorte o feltro branco na forma de pinheirinho. Agora, contorne o pinheirinho com cola quente. No lado oposto da junção do tecido de feltro vermelho, onde ficou a aquela marca horizontal, cole seu pinheirinho. Aperte-o bem, para melhor aderência.
Escolha um enfeite natalino. A artesã Nádia optou por um ramo de folhas prateadas, feitas de arame, um material facilmente encontrado em casas de artesanato. Cole-o sobre o pinheirinho, também com cola quente. Agora, você fará as casas ao redor da boca do porta panetone. Por estes buraquinhos, passará a fita de cetim. Marque com alfinete as casas que você fará (ao total, serão 8).
Una as pontas e dê um pequeno corte para criar o furinho. Atenção: as duas casas da frente, logo acima do enfeite que você acabou de colar, são mais juntinhas, para que os laços caiam em cima do pinheirinho branco. Com duas fitas de cetim verde, de 80 cm cada, transpasse os furinhos da boca do porta panetone. Uma dica: você pode trabalhar com uma fita mais grossa, de largura de 4 centímetros. Embale o panetone dê um laço com as fitas de cetim. E pronto! Eis uma opção simples e muito simpática para presentear no Natal e deixar sua mesa mais bonita.
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Curiosidade Sobre o Panetone
Conta a história mais famosa sobre a criação do panetone, que um jovem morador da cidade de Milão no século XV, apaixona-se pela filha de um padeiro, buscando uma maneira de surpreender o pai da moça, que não aceitava o namoro, ele se disfarça de ajudante de padeiro e cria um pão doce. O pão tornou-se destaque na padaria pelo seu tamanho incomum para a época e por apresentar, no seu ápice, a figura moldada de uma cúpula de igreja.
O jovem criador desta deliciosa receita, hoje apreciada por pessoas de diversos países, atribuiu a autoria da receita a Toni, o pai da moça. O movimento da padaria cresceu significativamente e os clientes pediam pelo “pão de toni”. O nome deste pão doce sofreu algumas modificações, até ser denominado como atualmente: panetone.
Não se sabe se esta lenda é verídica ou não, no entanto, a autêntica receita do panetone aprimorou-se pelos séculos, através de novas técnicas de preparação e melhoria das matérias primas utilizadas. Milão, cidade localizada ao Norte da Itália, foi a grande irradiadora da tradição de consumir panetones nas festas natalinas, a qual estendeu-se para as cidades do sul da Itália e alastrou-se para os demais países do mundo.
As Inovações
Já no mês de outubro as vendas de panetone começam esquentar. As empresas investem em novidades para atrair os clientes menos tradicionais, ou o público infantil, que não são muito adeptos ao panetone comum.
Nos últimos anos os panetones tradicionais vem dividindo espaço nas prateleiras com panetones recheados de mousse de chocolate preto e branco, floresta – negra, coca-cola, sorvete e as duas últimas invenções doce de leite e goiabada. A invenção do jovem italiano se adaptou aos gostos brasileiros e virou febre no nosso natal de hoje e sempre.
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