Tricô

Não se sabe ao certo como fora inventado o tricô, mas estudiosos creem que o artesanato nasceu na região do Mediterrâneo e de lá se espalhou por toda a Europa, alcançando todo o mundo. As mais antigas peças de tricô que existem foram encontradas no Egito, e datam de 1200 d.C.

Antigamente, o tricô era confeccionado por homens, e as mulheres se ocupavam de produzir o fio usando a roca para fiar. Além disso, ele sempre era feito em círculo para ficam mais fácil, já que o tricô em círculo pede apenas um básico ponto: o ponto meia. Até os dias atuais as mulheres das ilhas Shetlands fazem o trabalho usando cinco agulhas, que são usadas para tricotar em círculo, e jamais 02 como estamos habituados a ver.

Os tipos mais famosos de tricô são originários das Ilhas Britânicas – Ilhas Shetland, Fair, Ilha Jersey, Ilhas Aran. Ainda que tais áreas sejam chegadas umas das outras, cada povo desenvolveu características próprias e marcantes da arte de tricotar.

A mais provável origem da técnica de costura chinesa, uma forma primitiva de bordado que se espalhou no Oriente Médio e surgiu em terras europeias nos anos de 1700. Entretanto, o crochê e o tricô passaram a ser difundidos fortemente em 1800.

O tricô é uma forma de entrelaçar os fios (de fibra têxtil ou de lã) de maneira organizada, criando-se assim um tecido que, através de suas características de elasticidade e textura, é denominado de tricô ou malha de tricô. Pode ser confeccionado de forma manual, usando-se 02 agulhas, ou com apenas uma que, além de auxiliar no entrelaçamento do fio, seguram o tricô já pronto.

A Origem do Tricô

Provavelmente a técnica de tricotar tenha nascido no Egito Antigo, no qual o entrelaçamento era confeccionado com o auxílio de maneira ou de ossos. Os belgas carregaram tal procedimento para os ingleses onde as mulheres fizeram seu desenvolvimento na produção de cachecóis e meias para protegerem a si mesmas e a seus maridos durante o inverno rigoroso. Em razão disso, até os dias atuais o tricô está ligado ao clima frio, e a tecnologia acabou por reinventá-lo, levando-o ainda às malhas de verão por meio de fios apropriados e leves.

A mortalha produzida por Penélope para que pudesse ser desfeita apenas o poderia quando em tricô, pois ela a rompia à noite como forma de ganhar mais tempo a espera de seu querido Odisseu (o tricô admite o descampionamento que é uma forma rápida de desfazer um tecido feito de malha os processos outros de produção que não contém nada parecido)

Durante o tempo de conflitos, o tricô e as mulheres tiveram um importante papel no front. Com o austero inverno da Europa, elas confeccionavam peças e mais peças para esquentar os soldados, adaptavam e inventavam as receitas às suas necessidades. Com o restante da lã, buscavam tricotar itens também para a família, pois tinha um limite de compra desses materiais, limitados aos números de pessoas.

A partir do final da década de 60, ocorreu a popularização do tricô de forma firme e definitiva no mercado da moda, sendo que nos anos 70 houve uma volta ao tricô dos artesãos, permanecendo até os dias atuais, moldando-se ano a ano, conforme a proposta da moda! Além disso, o tricô ainda pode ser confeccionado por meio de máquinas próprias intituladas de máquinas de tricô, resultando também num tecido bastante parecido com a malha manual tecida.

Em nosso país, as cidades principais na confecção do Tricô são:

  • Monte Sião
  • Socorro
  • Curitiba
  • Jacutinga
  • Farroupilha
  • Blumenau
  • Gramado

Atualmente todas as grifes usam os tricôs em suas produções seja ele em forma de casaco, em blusa de gola V, ou ajeitado com tecidos outros na confecção de peças.

A Primeira Máquina de Tricô

Confeccionar malhas foi uma técnica trazida para a Inglaterra pelos Belgas. E logo os ingleses a incorporaram como algo artístico e elegante. As malhas fabricadas realmente eram verdadeiras artes; passando a ser adotadas pela alta sociedade britânica em adornos e golas de pescoço.

Na Inglaterra, a técnica foi agregada ao dia a dia das mulheres; diversos equipamentos foram produzidos para ajudar no trabalho; as senhoras mais jovens e todas as adolescentes ficavam dia após dia a entrelaçar os fios, especialmente na produção de meias rústicas e grossas, mas que favoreciam o trabalho dos homens no campo, mesmo em temporadas de frio extremo.

Uma das mulheres se chamava Mary Panton; seu fã mais apaixonado não queria perder sua atenção para os compromissos do cotidiano durante a confecção das malhas.
Então, para que ela tivesse mais tempo livre para ele, pensou num equipamento que tivesse rapidez e assim Mary iria cumprir suas atividades na fabricação das malhas e poderia passar um tempo maior junto a ele.

O inventor apaixonado foi William Lee e em 1589 ficou pronta a primeira máquina de tecer, sendo destinada à produção de meias de malha de forma natural. Desse grande amor surgiu uma máquina que permitia a produção de uma fila toda de malhas ao mesmo tempo em que, anteriormente, se produzia somente um ponto.

A notícia de tal tecnologia correu toda a região e arredores de Calverton, sendo que lá William Lee cuidava da igreja de St. Willfrids. As pessoas nobres das redondezas tencionavam possuir uma daquelas máquinas.

Tal invenção veio a revolucionar a história da fabricação de malhas de tricô; primeiramente através da confecção de meias, em parte da Europa e especialmente na Inglaterra.

A máquina abrigou inúmeras alterações e as mesmas foram trazias à região, como o desenvolvimento, pois várias pessoas migravam para lá com a intenção de evoluir e aprender mais sobre o processo de produção das meias. Além disso, houve a projeção de casas para que suas salas contassem com uma adequada iluminação solar e assim pudessem fabricar as meias por um período maior.

Foi através dessa máquina que se obteve a primeira fábrica com fabricação de malhas: uma casinha no campo, que contava com a instalação de inúmeras máquinas, e onde trabalhavam as pessoas dos arredores: as mesmas eram manuseadas pelos homens, enquanto as mulheres ficavam responsáveis por enrolar os fios em bobinas e faziam o acabamento das costuras e emendas das meias.

É de saber comum que as empresas fabricam produtos de baixa qualidade para compensar o baixo preço. Comparando o trabalho de uma máquina para produzir um artigo qualquer, e o de um humano para criar o mesmo, veremos que não se tem como competir contra um ser cibernético.

Norbert Wiener, um dos idealizadores dos primeiros modelos cibernéticos, já discutia esta questão em seus livros, como “God and Golem Inc.” traduzido como “Deus, Golem & Cia”, sendo imprescindível pensar onde esse tipo de priorização, a máquina ser mais importante que o ser humano, pode levar.

Claro que aqui a abordagem não é sobre a necessidade do humano para programar os computadores, mas sim a fabricação de peças singulares. Um robô pode apenas reproduzir algo criado anteriormente, por enquanto, enquanto um humano pode inovar, inventar.

Para criar algo artisticamente novo é preciso conhecer as tradições, para assim renovar o segmento escolhido. Algumas áreas da arte necessitam de cursos complexos, por exemplo, a pintura ou a literatura. Mas existem outras que não precisamos de faculdades, ateliês e outras formalidades do ensino. Um exemplo dessas técnicas é o tricô.

Apesar de ser mal visto, o tricô é o tipo de coisa que nunca some completamente, sempre retornando de uma maneira ou de outra. A moda é famosa por retomar coisas antigas com os artigos chamados “retro” ou “vintage”. Tricô hoje em dia é usado por grandes marcas como “Siberian” que lançou vários casacos, cachecóis e outras peças de roupa feitas em tricô.

Por se tratar de uma arte que não exige um estudo formal, afinal, há várias mães e avós que não foram para a escola mas sabem fazer tricôs excelentes, é possível aprender sem muita ajuda. Mas, para os que gostam de apoio existem vários sites, revistas, professores que podem ser encontrados com facilidade. A revista “Faça Fácil”, por exemplo, é uma revista de artesanato, decoração entre outros tópicos, que traz dicas e até receitas de tricô.

Além dessa revista existem sites como: http://www.cadernodetrico.blogspot.com.br/, blog em que a dona posta comentários sobre livros e indica outros sites para quem acompanha.

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