Fusing Glass: Arte Em Vidro

A técnica do fusig glass resume se em fundir pedaços de vidro numa temperatura acima de setecentos graus Celsius, dando contorno, de modo intencional, à formas decorativos e funcionais, como luminárias por exemplo. Anterior a etapa da fundição do vidro é possível criar desenhos com as placas de vidro, adicionando metais, cor e bolhas de ar, tornando única cada peça criada.

Cada objeto criado é de fato original e personalizado, porque os vidros são queimados um a um e pintados em seguida. É possível criar alto e baixo relevo nas peças e colorir a superfície como se fossem aquarelas, valorizando ainda mais as criações.

O fusing glass, é uma substituição um pouco mais barata às pedras na composição de jóias e bijuterias em geral. Em contrapartida aos acessórios feitos com contas de resina ou semente de macramê, o fusig glass se apresenta como uma alternativa de maior custo final.

Para iniciar se nessa tecnica, você vai precisar de um espaço apropriado e um certo investimento financeiro para a compra de ferramentas próprias da técnica, além de tempo para inteirar se das leituras que discutem a exploração dessa técnica.

A dica é buscar conhecimento com quem já domine o fusig glass e esteja disposto a te ensinar o que sabe. Cursos especializados no assunto te dão espaço para errar e aprender tudo o que puder. Dominar a técnica pelo controle do volume que o vidro atinge quando aquecido é o que mais importa. Deve ter a compreensão clara de que o vidro expande e retrai devido ao calor. Saber como cortar as placas de vidro e como colar também faz parte do domínio da técnica.

Antes De Entender Mais Sobre Como Funciona o Fusig Glass, Confira Um Pouco Da História Do Vidro Pelas Mãos Do Homem:

De todos os materiais modificados e moldados pelo ser humano, o vidro é o material com as origens mais antigas que se tem provas datadas. Existem dados sobre o domínio da técnica que são anteriores ao ano quatro mil antes de Cristo. A técnica do fusig glass é também uma técnica milenar. A fusão de pedaços de vidros por altíssimas temperaturas foi desenvolvida cerca de mil e quinhentos anos antes de Cristo.

Basicamente a técnica do fusig glass, como dito no começo do post, baseia se em unir placas de vidro, sobrepondo as através de uma temperatura bem alta, a fim de formar uma só peça criativa. O processo de modelagem das placas de vidro é conhecido por slumping, a qual consiste em derramar o vidro líquido dentro de um molde. Utilizar um molde para dar forma aos vidros no fusig glass, assim como criar relevos pode, ainda, definir a textura que terá a peça final.

O fusing glass é uma técnica a qual tem origem na região da Mesopotâmia, e que teve o modo de fazer aprimorado com o passar do tempo. Muitas foram as etnias e os artistas que colaboraram para criar novas formas de se fazer as criações no âmbito da mesma técnica.

No Brasil essa técnica foi trazida e difundida pelo uruguaio Roberto Bonino. Para dominá-la, além de conhecer o funcionamento da fundição do vidro, é preciso saber sobre a teoria da cor, os movimentos artísticos do passado e do presente e estar sempre em dia com as tendências de design nas mais diversas áreas, em especial o design de superfícies.

Quais São As Variações e Dicas Do Fusing Glass?

Combinar as placas de vidro de acordo com uma proposta pré definida, ensar em como aplicar o vidro nos diversos moldes e qualidades de esmalte, vai te dar uma gama muito variada de possibilidades de trabalho. Você pode criar peças simples como saboneteiras e cinzeiros ou peças mais elaboradas como prateleiras e taças. Um dos efeitos mais bonitos que se tem com o fusig glass é a treiliça, a qual tem a qualidade definida pelos moldes e esmaltes utilizados no trabalho.

Quando se atingir o pleno domínio da técnica é possível manusear placas grandes de vidro, as quais pedem cuidados especiais. Nessa fase de estudos da técnica, aprende se a queima na chamada queda livre do vidro em fase de fundição. A queda livre consiste no fato de ser uma queima que necessita de maior cautela, pois deve se fazer o cálculo e o controle dos graus mais elevados e menos elevados de temperatura.

Somente quando se atingir setecentos e trinta graus Celsius é recomendado abrir o forno. O macete está em desligar o forno pouco antes do vidro amolecer por completo e perder a forma. Para que as placas de vidro não grudem no molde utilizado, é preciso passar um isolante no molde antes de colocar o material no forno. Esse isolante é o caulim.

Outra dica fundamental para facilitar o manuseio das peças é não misturar placas de vidros com espessuras distintas, pois nem todos os vidros se misturam bem entre si. Devido a essa característica, deve se fazer o teste de coeficiente de dilatação para se assegurar ao se dispor a usar espessuras distintas de placas de vidro. Caso as placas de vidro possuam dilatações muito diferentes a peça final pode trincar por causa das mudanças de temperatura do forno. Pelo fato das placas de vidro serem constituídas por átomos amorfos, é necessário esperar os átomos se separarem para que o material esteja no ponto certo de ser moldado.

Apos uma rápida perda de temperatura, atingindo os setecentos graus Celsius, o esfriamento do vidro acontece de modo muito mais lento, a fim de evitar que ocorra o processo conhecido por desvitrificação, o qual dá uma aparência opaca e sem brilho a peça final, além de causar a constituição de cristais.

Para quem não tiver acesso a uma mufla, existe uma opção menor e mais pratica. É o HotPot Fusing Glass, esse é um forno para a técnica do fusing glass que funciona como um forno microondas. Esse forno microondas é como qualquer outro aparelho do tipo, mas que pode também ser utilizado como um forno para a fusão de pequenas placas de vidro as quais podem tomar a forma de adornos e completar a criação de jóias e bijuterias.

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Categoria(s) do artigo:
Vidro

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