Saiba Tudo Sobre a Expressão Artística Que Adora Trabalhar Com Os Olhos

A ilusão óptica vem sendo um tema muito abordado por físicos e também, artistas. Não é a toa que o pessoal amante das artes criaram um jeito de misturar a física com efeitos visuais artísticos. É disso que a chamada Op Art trata. Para os que vêem e apreciam, a ilusão de ótica é uma grande brincadeira, até mesmo para quem não entende nada de arte. Os traços, a composição dos quadros e tudo o que estiver ligado ao assunto pode ser considerado uma forma de Op Art. É disso que nós vamos tratar neste artigo! Estão pronto para despertar o observador que há dentro de você?

Pintura Op-Art: A Arte Que Brinca Com a Percepção Dos Olhos

Sobre a Op Art

Na verdade, Op Art é apenas um termo usado para designar “a arte que explora a falibilidade do olho e pelo uso de ilusões ópticas“, como descrevem os próprios artistas. Esta pequena expressão vem do inglês, “optical art”, e significa “arte óptica”, como todos já previam. É uma forma de arte abstrata e que se desenvolveu ao longo do ano da década de 1960 que começou a surgir de forma lenta no mundo artístico. Os primeiros percursores da arte óptica defendiam a tese de que as suas obras deveriam seguir a regra de menos expressão e mais visualização. ” Apesar do rigor com que é construída, a Op Art simboliza um mundo mutável e instável, que não se mantém nunca o mesmo.” declaram os especialistas neste tipo de efeito.

Sobre a Op Art

As Obras

Em geral, todas as obras da arte óptica são abstratas, uma vez que foi neste movimento que ela surgiu. As cores mais usadas são o preto e o branco, por serem as cores mais simples de uma grande palheta de tons. Segundo os artistas viciados em criar efeitos para os olhos: “muitas das peças mais conhecidas usam apenas o preto e o branco. Quando são observados, dão a impressão de movimento, clarões ou vibração, ou por vezes parecem inchar ou deformar-se”. As artes ligadas aos efeitos visuais trazem um trabalho e tanto para o cérebro, estando bem mais lugada as ciências do que à arte propriamente dita. Uma combinação perfeita para alguns, mas que no inicio do seu surgimento foi bastante criticada.

Impulso Em 1964

O termo surgiu pela primeira vez estampado em uma revista, a Time Magazine em 2001. Isso tudo ocorreu na década de 60, mais propriamente no ano de 1964, onde a arte começou a ganhar o seu verdadeiro impulso. O principal artista dessa arte foi Victor Vasarely que já trabalha com esses efeitos nos anos 30. A sua principal obra foi “A Zebra” que com a suas listras pretas e brancas, dava uma enorme sensação de movimento gerando a imagem de um animal sentado.

A Exposição

No ano seguinte ao aparecimento da arte em uma revista, uma exposição de arte foi feita para que a Op-Art ganhasse seus adeptos. A chamada “The Responsive Eye (O Olho que Responde)” aconteceu em Nova Iorque. ” Esta exposição fez muito para trazer a op art à ribalta, e muitos dos artistas hoje considerados importantes no estilo exibiram lá trabalhos seus. Em seguida, a op art tornou-se tremendamente popular, e foram usadas imagens de op art em vários contextos comerciais. Bridget Riley tentou processar uma empresa americana, sem sucesso, por usar um dos seus quadros como base para um padrão de tecido.” declararam os artistas que estavam presentes.

Bridget Riley

Esta é uma das artistas mais conhecidas e que utiliza bastante o conceito da Op-Art. Sua principal inspiração se propôs a desenhar usando ilusão óptica nos anos 30 e nós já falamos dele acima: Foi Vasarely. Bridget Riley pintou diversos quadros com listras em preto e branco, deixando uma sensação de movimento e impressão de cores. Passado alguns anos, Riley começou a introduzir seus trabalhos coloridos. Com base nisso, outros profissionais começaram a introduzir vários tons em suas obras. O trabalho mais coloridos não ficaram tão conhecidos quanto os bicolores, mas ainda sim foi um grande avanço na arte óptica. “Contrastes violentos de cor são por vezes usados para produzir ilusões de movimento similares às obtidas a preto e branco” diziam a grande artista Bridget Riley.

Um Trabalho Perceptivo

A Op-Art não trabalha tanto com detalhes e brinca basicamente com a percepção. Segundo a própria Bridget Riley e tantos outros artistas do ramo: “A Op Art, com suas pinturas voluptuosas, brinca com nossas percepções ópticas. As cores são usadas para a criação de efeitos visuais como sobreposição, movimento e interação entre o fundo e o foco principal. Os tons vibrantes, círculos concêntricos e formas que parecem pulsar são as características mais marcantes deste estilo artístico”. Elementos gráficos, dinâmica e a ótica física são conceitos elementares na produção destas obras.

Conceitos Importantes

A arte óptica não é feita apenas de conceitos matemáticos e físicos. Por trás dela, existem diversas críticas a vida humana com características cotidianas. “A alteração das cidades modernas e o sofrimento do homem com a alteração constante em seus ritmos de vida também são uma preocupação constante. A vida rápida das cidades contribuiu para a percepção do movimento como elemento constituinte da cultura visual do artista. Outro fator fundamental para a criação da Op Art foi a evolução da ciência” afirmam os profissionais da área. Estudos psicológicos sobre a vida moderna e também sobre as ciências foram bastante pesquisadas para criar este novo conceito de arte.

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Um Pouco De Técnica

“A dinâmica da pintura na Op Art é alcançada com a oposição de estruturas idênticas que interagem umas com as outras, produzindo o efeito óptico. Diferentes níveis de iluminação também são utilizados constantemente, criando a ilusão de perspectiva.” Para exemplificar, basta visualizar com cuidado o trabalho “Current”, de Bridget Riley, que utiliza uma técnica chamada “moire”, ou seja, uma criação de um espaço móvel produzindo um efeito denominado “whip blast” (explosão do chicote). Com isso, cria-se efeitos de volume e formas virtuais.

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