A História do Biscuit

A arte é renovável e sempre tem algo de novo a mostrar, seja por meios de técnicas, soluções ou performances. Podendo ser inédita ou entre suas facetas, reproduzir algo já existente mudando apenas traços, como fazem os artesões que resolvem caricaturar as pessoas na massa de modelar chamada Biscuit. Mas não só de caricaturas vivem os artesãos que trabalham com o Biscuit, normalmente, estes profissionais é muito criativo e está sempre criando algo novo para levar ao público.

De Onde Surgiu O Biscuit?

 Biscuit, por sua vez é um termo Francês que significa biscoito, porém é o nome popular que se dá para aquela massa de modelar de que são feitos os topos de bolo de casamento, lembrancinhas de aniversário, imãs de geladeira e entre outras inúmeras coisas.

A decoração de potes de vidro e dos kits de enxoval de bebês, e outras tantas coisas que podem ser feitas. O Biscuit, por alguns é também conhecido como porcelana fria, e que por sua vez não é comestível como sugere o significado e a aparência. 

Apesar de ser a matéria que dá forma a muitos artesanatos atualmente e movimenta um grande valor monetário dentro do setor de artesanato, muita coisa sobre essa massa ainda é novidade para os brasileiros. Inclusive para as artesãs que fazem uso dela diariamente como fonte de renda, mas que até então desconhecem sua origem.

 O fator principal para esse acontecimento está ligado ao caso das poucas informações precisas, e as poucas provenientes de fontes de pesquisa de fácil acesso, como é a internet, apenas aborda o assunto vagamente contendo poucas informações sobre esse assunto.

Conheça a seguir um pouco mais sobre esse artigo mágico capaz de moldar-se e assemelhar-se a tantas outros objetos, animais, pessoas, frutas, fazendo isso com muita fidelidade. 

A História do Biscuit

Antes de tudo é importante sabermos que a história da massa nomeada de porcelana é oriunda das rochas e foi descoberta no iniciou no século III D.C na China, de onde o potássio, sódio, cálcio e a argila pura de coloração branca eram encontrados. Foi graças a sua brancura e rigidez que foi possível produzir louça fina, artigos decorativos e até esculturas para serem contempladas em palácios de diversos países do mundo.

Porém, foi devido o grande esforço para adquirir essa matéria prima bem como moldá-la para se transformar em uma obra de arte, que o produto final era encarecido e isso tornava sua comercialização bastante inacessível para as demais classes sociais, senão a classe alta. Até porque sua enorme delicadeza e não os detalhes e função não podiam ser ignorados, cobrando-se um valor inferior ao que valia apenas para satisfazer o desejo de consumo de toda a sociedade.

A porcelana por sua vez, viajou culturas e sofreu muitas adaptações, entre elas encontramos sua passagem pelo Japão, responsável pelo seu importante processo de desenvolvimento, no séc. XVI. E logo a Europa passou a imitar a porcelana oriental. 

Já na Alemanha, na cidade de Meissen, no início do século XVIII, um alquimista encontrou uma espécie de argila de cor branca, e ao fabricar pequenas peças com essa argila, percebeu sua semelhança para com a porcelana chinesa. Na França, ainda no mesmo período, houve uma produção de cerâmica com aspecto brilhoso e aveludado e passível de receber decorações em arte de pintura.

E é exatamente nessa época que o biscuit tem início, onde os artesãos procuravam materiais que pudesse misturar à argila, como forma de baratear o custo, porém mantendo a beleza, a qualidade e a durabilidade, que eram características da porcelana.

Porem o privilegio de descobrir essa tão sonhada massa Foi da Itália, que a produzia de uma mistura de farinha com água e sal  chamada “pasta di sale” e que os Italianos produziam para trabalhos pequenos e delicados que podiam ser modelados e retratarem os mais diversos assuntos. Na maioria das vezes a intenção era apenas decorativa como faz os “bibelôs” de estante.

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Mas ainda insatisfeitos e com a necessidade de que essa modelagem se aproximasse ainda mais da porcelana clássica, em fatores de resistência e durabilidade, a cola foi adicionada a receita para promover maior ligamento. A partir daí a massa conseguiu atingir a consistência ideal para receber tinturas e acabamentos brilhantes ou foscos.

Porém, por se tratar de uma massa orgânica totalmente sujeita a deteriorização, é um erro comparar sua durabilidade com a porcelana, que é tão resistente e cara. O biscuit não surgiu com a gloria de ser o advento de substituição da porcelana, porem acabou conquistando seu próprio espaço e tendo funções especificas. Desse modo, não podemos ser ingratos ao considerar sua grande utilidade decorativa sem importância para a sociedade apenas porque não cumpriu seu papel inicial a qual era proposto.

Apesar de parecer ser uma arte que os brasileiros dominam a tempo, foi apenas na década de 80 que a porcelana fria chegou ao Brasil, através dos trabalhos artesanais de Anna Modugn. 

Peças essas que desde sempre são de grande beleza, mas também são vítimas da fragilidade dos elementos que a compõem. E que devido a isso o artesão fica limitado à baixa resistência e a pouca durabilidade das peças

Foi dessa forma que os artesãos da Europa e na América Latina, conheceram a maleabilidade da massa do biscuit, que, diferente da porcelana tradicional não precisa ser queimada em forno em altas temperaturas. Porém, necessita de outras atenções como:

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  • Ser mantida longe da umidade para evitar o amolecimento do artigo;
  • Ser conservada em baixa temperatura e longe do contato direto com a água, quando a intenção for mantê-la maleável, no ponto da esculturação
  • Quando moldada, ser manuseada incrementando creme corporal as mãos para facilitar o deslizamento da massa.
  • Podendo ser tinturada durante a confecção do artigo, separando a massa por cores, ou ainda quando este estiver feito e totalmente seco. etc.

Desde essa descoberta, o biscuit foi se tornando mais que uma expressão artística, uma atividade muito lucrativa, o que garantiu a esta um grande número de adeptos em países da Europa, Japão, Estados Unidos e América Latina. 

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Categoria(s) do artigo:
Biscuit

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Comentários

  • presiso aprender faser aqueles potes de biscoitos

    lucineidediasdejesus 3 de novembro de 2013 22:55 Responder

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